Os 6 detidos por assassinato de candidato à Presidência do Equador são colombianos
Os seis detidos pelo assassinato do candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio são colombianos, assim como um suposto agressor que morreu na noite de quarta-feira após uma troca de tiros com as forças de segurança, informou a polícia na quinta-feira (10).
"Todos, incluindo o falecido, são colombianos", informou a polícia, consultada pela AFP.
Anteriormente, o ministro do Interior, Juan Zapata, só havia informado à imprensa que os detidos eram estrangeiros.
Ele também disse durante uma entrevista coletiva na capital, Quito, que "os detidos pertencem a grupos de crime organizado", sem identificar a nenhuma das quadrilhas com ligações com o tráfico de drogas que operam no país.
Villavicencio, segundo colocado nas intenções de voto para as eleições gerais antecipadas de 20 de agosto, foi assassinado a tiros na quarta-feira à noite, em Quito, ao fim de um comício.
Seu corpo é velado de maneira íntima por sua família em uma casa funerária no norte de Quito.
O presidente Guillermo Lasso declarou um estado de exceção de 60 dias em todo o Equador a fim de mobilizar as forças armadas e garantir o processo eleitoral.
O presidente também ordenou três dias de luto nacional pelo assassinato de Villavicencio, um ex-jornalista e ex-deputado de 59 anos que tentava chegar pela primeira vez à Presidência.
Durante a captura e as buscas, a polícia encontrou um fuzil, uma submetralhadora, quatro pistolas, três granadas, dois carregadores de fuzil, quatro caixas de munição, duas motocicletas e um veículo reportado como roubado.
Lasso anunciou nesta quinta que o FBI, a polícia federal americana, vai apoiar o Equador nas investigações sobre o homicídio do candidato, que no passado trouxe à tona casos de corrupção, incluindo o que levou à prisão o ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017).
Localizado entre Colômbia e Peru - os principais produtores mundiais de cocaína -, o Equador apreendeu em 2021 o recorde anual de 210 toneladas de drogas. No ano seguinte, foram 201 toneladas. E entre janeiro e julho de 2023, já foram confiscadas 122 toneladas.
(F.Bonnet--LPdF)