Xi destaca 'estabilidade social arduamente conquistada' em rara visita a Xinjiang
O presidente chinês, Xi Jining, apelou neste sábado (26) à manutenção da "estabilidade social arduamente conquistada" em uma visita à região de Xinjiang, onde Pequim é acusada de violações dos direitos humanos, segundo os meios de comunicação oficiais.
Xi "enfatizou que a manutenção da estabilidade social deve sempre ter prioridade máxima... e devemos usar a estabilidade para garantir o desenvolvimento", informou a estação de televisão oficial CCTV.
O dirigente, que viajou a Urumqi, capital da região, garantiu que era "necessário (...) combinar o desenvolvimento da luta antiterrorista e antisseparatista com o impulso para normalizar o trabalho de estabilidade social e o Estado de Direito", segundo a emissora.
Xi também instou as autoridades a "promoverem ainda mais a sinização do islã e controlarem efetivamente as atividades religiosas ilegais".
“Devemos estar mais conscientes das adversidades (...) e consolidar a estabilidade social que tanto nos custou alcançar”, declarou, em sua primeira visita à região desde julho, segundo a CCTV.
Xinjiang é uma vasta região no noroeste da China e a sua população é predominantemente muçulmana. Grupos de direitos humanos acusam Pequim de estar envolvida desde 2017 em uma repressão sistemática contra os uigures e outros grupos étnicos muçulmanos da região, como os cazaques.
Acusam o governo chinês de ter recorrido ao trabalho forçado e a esterilizações forçadas e de ter aprisionado mais de um milhão de pessoas em campos de reeducação.
A China rejeita estas acusações e explica que se tratam de “centros de formação profissional” destinados a combater o radicalismo islâmico, após os ataques atribuídos aos uigures.
Um relatório das Nações Unidas do ano passado determinou que as ações do governo chinês na região poderiam constituir “crimes contra a humanidade”.
(O.Agard--LPdF)