Famílias de vítimas israelenses acendem 1.400 velas no Muro das Lamentações após um mês de guerra
Familiares das vítimas do ataque perpetrado pelo movimento islamista palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro acenderam nesta segunda-feira (6) 1.400 velas em frente ao Muro das Lamentações, em Jerusalém, durante uma oração coletiva, segundo uma jornalista da AFP.
Cerca de quarenta famílias se reuniram na entrada do local mais sagrado do judaísmo, localizado em Jerusalém Oriental, ocupado e anexado por Israel.
Os participantes acenderam cerca de 1.400 velas com o nome das vítimas e recitaram a oração Kaddish pelos mortos antes de entoar o hino nacional de Israel.
Benny Gantz, um dos principais líderes da oposição que faz parte do atual governo de união, participou da homenagem.
Pelo menos 1.400 pessoas morreram em Israel no ataque perpetrado pelo Hamas, segundo autoridades. Os militantes também sequestraram 240 pessoas durante sua incursão, de acordo com a mesma fonte.
Uma cerimônia está programada para terça-feira à noite no mesmo local em homenagem aos reféns e às pessoas desaparecidas, cujos parentes se manifestaram nesta segunda-feira em frente à Knesset, o Parlamento israelense.
Para os falecidos, a tradição judaica prevê uma série de rituais fúnebres, cuja quarta etapa é concluída no trigésimo dia.
"Acendemos estas velas em memória das vítimas, em memória de suas almas", disse Mordechai Elias, diretor da Fundação do Patrimônio do Muro Ocidental, que administra o local.
Yosi Rivlin, de 26 anos, recitou um salmo em memória de seus irmãos Gideon e Aviad, mortos no ataque à festa Tribe of Nova.
"Não temos outra forma de homenageá-los senão com orações, acendendo velas, mantendo-os em nossos corações", declarou à AFP.
O Muro das Lamentações, vestígio do antigo Templo, fica abaixo da Esplanada das Mesquitas, construída no que os judeus chamam de Monte do Templo, o local mais sagrado do judaísmo.
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, as tensões aumentaram em Jerusalém Oriental.
Israel bombardeia a Faixa de Gaza desde 7 de outubro, em resposta ao ataque do Hamas.
Segundo o Ministério da Saúde do território, governado pelo grupo islâmico, mais de 10.000 pessoas morreram até agora nos bombardeios israelenses.
(F.Bonnet--LPdF)