Elon Musk volta a processar OpenAI por fraude e publicidade enganosa
O bilionário Elon Musk retomou, nesta segunda-feira (5), um processo judicial contra a OpenAI, acusando seus cofundadores, Sam Altman e Greg Brockman, de trair a missão fundadora da empresa, especializada em tecnologias de Inteligência Artificial (AI).
Este processo contra o responsável pelo robô conversacional ChatGPT é "uma história clássica de altruísmo versus ganância", alega a ação apresentada em um tribunal federal do estado da Califórnia.
"A perfídia e o engano são de proporções shakespearianas", declara a queixa de Musk, também dono da rede social X.
A apresentação da denúncia por parte do bilionário - cofundador do fabricante de veículos elétricos Tesla e dono da empresa aeroespacial SpaceX - ocorre quase dois meses após ele ter retirado abruptamente dos tribunais uma ação semelhante contra a OpenAI, Altman e Brockman.
Musk, que em 2018 deixou a OpenAI, acusa os responsáveis pela empresa, com sede em San Francisco, de fraude, conspiração e publicidade enganosa.
A denúncia afirma que Musk originalmente investiu na OpenAI em 2015 com o entendimento de que seria uma organização sem fins lucrativos, mas Altman o "manipulou e enganou", e por fim se aliou ao gigante de software Microsoft, seu principal investidor desde 2019.
"Altman assegurou a Musk que a estrutura sem fins lucrativos garantiria neutralidade e um foco na segurança e abertura para o benefício da humanidade, e não para o valor dos acionistas", o que teria sido “o anzol para o longo golpe de Altman".
Nesse sentido, a ação ressalta que a mudança é visível, pois a OpenAI foi "avaliada recentemente na impressionante soma de 100 bilhões de dólares" (R$ 573,2 bilhões) e seus responsáveis se viram "injustamente enriquecidos".
A OpenAI ganhou atenção pública mundial no final de 2022 com o lançamento do ChatGPT, uma plataforma que pode gerar todo tipo de texto a partir de comandos em linguagem cotidiana. Também desenvolveu ferramentas para a geração de imagens e vídeos extremamente realistas.
Desde então, muitos especialistas lançaram alertas sobre os possíveis danos e ameaças que essa tecnologia poderia representar para a humanidade.
(R.Dupont--LPdF)