Juiz dos EUA nega novo julgamento para ex-secretário de Segurança do México
O juiz de instrução do caso do ex-secretário de Segurança Interna do México, Genaro García Luna, condenado por tráfico de drogas nos Estados Unidos, negou seu pedido para um novo julgamento.
O pedido do ex-funcionário mexicano, o de mais alto escalão a se sentar no banco dos réus da Justiça americana, baseou-se na descoberta de novas provas coletadas pela defesa.
No entanto, em um documento de 16 páginas divulgado nesta quarta-feira (7), o juiz de instrução do caso, Brian Cogan, destacou que "nenhum dos argumentos é suficiente para um novo julgamento", portanto "nega" o pedido apresentado pelos representantes de García Luna.
"Muitas das ‘novas provas’ consistem em fatos conhecidos ou acessíveis ao acusado antes do julgamento", afirma o documento, no qual o juiz desmonta cada alegação da defesa. Outros "carecem de substância", justificou.
Depois de ter sido adiada diversas vezes, o anúncio da sentença etá previsto para 9 de outubro.
García Luna, de 56 anos, foi considerado culpado por um júri popular em um tribunal de Nova York em fevereiro de 2023 por cinco acusações, incluindo tráfico internacional de cocaína. Este caso pode levá-lo a passar o resto de seus dias na prisão.
Segundo a Promotoria de Nova York, García Luna protegeu o Cartel de Sinaloa liderado por Joaquín 'Chapo' Guzmán, condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos, em troca de subornos milionários para poder enviar drogas ao país vizinho.
Residente nos Estados Unidos desde que deixou o governo mexicano em 2012, García Luna foi preso em Dallas (Texas, sul) em dezembro de 2019. Seu nome surgiu no julgamento de “El Chapo” em 2018, em Nova York.
(A.Renaud--LPdF)