EUA realiza 25ª execução de 2024, a última do ano
Um homem foi executado, nesta quinta-feira (19), no estado americano de Oklahoma por matar uma menina de dez anos, a 25ª pessoa a sofrer essa pena nos Estados Unidos este ano.
Kevin Ray Underwood, de 45 anos, foi executado por injeção letal na penitenciária estadual de Oklahoma, em McAlester, informaram as autoridades prisionais em um comunicado.
O processo de execução começou às 10h04 e Underwood foi declarado morto dez minutos depois. Esta foi a última execução do ano nos Estados Unidos.
De acordo com o Centro de Informações sobre a Pena de Morte, 2024 foi o décimo ano consecutivo com menos de 30 execuções no país.
Underwood, que trabalhava em uma mercearia, foi condenado em 2006 pelo abuso sexual e assassinato de Jamie Rose Bolin, filha de seus vizinhos em Purcell, ao sul de Oklahoma City.
Bolin foi golpeada com uma tábua de corte e depois sufocada.
Na última sexta-feira, durante uma audiência de clemência, Underwood confessou o assassinato e expressou arrependimento. "Reconheço que, embora não queira morrer, mereço isso pelo que fiz [...] Gostaria de pedir desculpas à família da vítima e à minha família", declarou.
Na quarta-feira, o estado de Indiana realizou sua primeira execução em 15 anos. Joseph Corcoran, de 49 anos, foi condenado à morte por assassinar seu irmão e outros três homens.
Esse estado havia suspendido as execuções em 2009 devido à dificuldade de obter os medicamentos necessários, uma vez que as empresas farmacêuticas se recusavam a associar seus produtos à pena capital.
Entre as 25 execuções realizadas este ano nos Estados Unidos, três utilizaram o controverso método de gás nitrogênio, enquanto as demais ocorreram por injeção letal.
As execuções aconteceram em nove estados: seis no Alabama, cinco no Texas, quatro no Missouri, quatro em Oklahoma, duas na Carolina do Sul e uma nos estados da Flórida, Geórgia, Indiana e Utah.
Segundo uma pesquisa da Gallup, 53% dos americanos são a favor da pena de morte para condenados por assassinato, enquanto 43% se opõem e 4% não têm opinião formada.
Esse tipo de pena foi abolida em 23 dos 50 estados dos Estados Unidos, e outros seis têm moratórias em vigor.
(L.Garnier--LPdF)