Trump compartilha imagens manipuladas de Taylor Swift o endossando
Donald Trump compartilhou imagens manipuladas nas redes sociais, nas quais ele atribui a si mesmo o apoio de Taylor Swift e de seus fãs à sua campanha eleitoral, em um aparente esforço para aproveitar a influência da cantora pop nas eleições dos Estados Unidos.
Swift não declarou publicamente apoio a nenhum candidato para as eleições de 5 de novembro. Em 2020, ela apoiou o presidente Joe Biden e criticou Trump.
No domingo, Trump compartilhou capturas de tela de publicações com imagens manipuladas que sugerem que a estrela pop e seus fãs, conhecidos como Swifties, o apoiam. Algumas dessas imagens parecem ter sido geradas por inteligência artificial (IA), de acordo com um especialista.
"Eu aceito!", escreveu o ex-presidente republicano em uma mensagem na rede Truth Social que mostra um pôster de Swift pedindo a seus fãs que votem nele.
Esse cartaz foi "gerado por IA ou simplesmente manipulado", declarou à AFP Hany Farid, especialista da Universidade da Califórnia em Berkeley.
A publicação inclui fotos de mulheres com camisetas com o lema "Swifties for Trump" (Swifties a favor de Trump). Segundo Farid, essas imagens apresentam indícios "reveladores de terem sido geradas por IA".
Parece ser uma combinação de imagens reais e falsas, pois pelo menos uma foto é de uma mulher que vestia uma camisa desse tipo, conclui Farid.
Swift não reagiu publicamente.
Por outro lado, Trump compartilhou no Truth Social um vídeo de uma pessoa que afirma que os fãs da cantora parecem preferir o republicano.
A crescente popularidade de Swift e sua influência fazem com que tanto democratas quanto republicanos busquem seu apoio, mas até agora ela tem se mostrado relutante em expressá-lo.
Seu poder ficou evidente quando, em 2023, ela incentivou seus fãs a se registrarem para votar, direcionando-os para a organização sem fins lucrativos e apartidária Vote.org.
O impacto foi imediato: a instituição disse ter registrado mais de 35 mil novas inscrições após a mensagem, um aumento de 23% em relação ao ano anterior e o maior número desde 2020.
Por esse motivo, a cantora se tornou um alvo para a desinformação política e teorias conspiratórias da direita.
Sua relutância em anunciar seu voto levou muitos críticos a especularem que Swift mantinha em segredo que era republicana. Mas em 2018, ela rompeu o silêncio apoiando a oponente democrata da senadora republicana radical Marsha Blackburn, no Tennessee.
Desde então, a cantora se pronunciou a favor do direito ao aborto e defendeu a comunidade LGBTQ+.
Nas últimas semanas, também se especulou nas redes sociais sobre a possibilidade de Swift apoiar a candidata democrata Kamala Harris para as eleições de novembro.
Muitos de seus fãs formaram um grupo chamado "Swifties a favor de Kamala".
(F.Moulin--LPdF)