Microsoft expande acesso a seu mecanismo de busca reforçado com IA
Três meses depois de integrar a inteligência artificial generativa a seu mecanismo de busca Bing, a Microsoft acabou nesta quinta-feira (4) com a lista de espera para testar o chatbot, apesar das preocupações com a rápida implantação da tecnologia.
"O Bing superou 100 milhões de usuários ativos diários e o número de downloads do aplicativo móvel quadruplicou desde o lançamento", afirmou Yusuf Mehdi, vice-presidente do grupo americano de tecnologia.
"Como resultado, a participação de mercado do Bing está crescendo e a de nosso navegador Edge está crescendo pelo oitavo trimestre consecutivo", acrescentou em um comunicado.
A Microsoft consegue assim uma vitória contra o Google, após anos de domínio da empresa com seu mecanismo de pesquisa homônimo, seu navegador Chrome e também na área de inovação em inteligência artificial (IA).
Nos últimos meses, os dois conglomerados iniciaram uma disputa frenética pela IA generativa, depois que a empresa OpenIA disponibilizou ao grande público o ChatGPT, uma interface capaz de produzir todo tipo de texto a partir de uma solicitação simples.
Mas o sucesso de ChatGPT, Bing, Bard (Google) e outros softwares provoca muitas perguntas, que vão da propriedade intelectual até os perigos da desinformação, fraude ou substituição de muitos postos de trabalho pela IA.
Na Europa e nos Estados Unidos, os governos examinam as maneiras de regulamentar uma indústria em plena expansão.
A Microsoft, principal investidora da OpenAI, adicionou ao Bing o mais recente modelo de linguagem da start-up californiana GPT-4, transformando a pesquisa online em um diálogo com um chatbot.
"Em 90 dias, nossos clientes tiveram mais de 500.000 conversas e usaram o Bing para obter respostas sobre todo tipo de tema", explicou Mehdi.
O Bing "Image Creator" foi recentemente integrado ao repertório do chatbot de IA, o que também permite gerar conteúdo visual.
Em fevereiro, a Microsoft limitou o número de interações consecutivas com o Bing para evitar uma "confusão de modelo", depois que o chatbot declarou seu amor a um repórter do jornal New York Times.
(L.Garnier--LPdF)