UE adverte Mark Zuckerberg por manipulação de informação na Meta
O comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, advertiu Mark Zuckerberg sobre o aumento de informações manipuladas na Meta, responsável pelas redes sociais Facebook e Instagram.
"Tivemos conhecimento de relatórios sobre um número significativo de deepfakes e conteúdos manipulados que circularam em sua plataforma e alguns ainda estão online", disse Breton em sua carta.
Por isso, ele convidou Zuckerberg "a informar minha equipe imediatamente sobre os detalhes das medidas tomadas para mitigar esses deepfakes".
Na véspera, Breton havia enviado uma carta a Elon Musk, alertando-o sobre a desinformação que circulava em sua rede social X, antigo Twitter, após o ataque realizado no sábado pelo grupo islamita palestino Hamas em Israel.
A Zuckerberg, Breton disse: "Após os ataques terroristas perpetrados pelo Hamas contra Israel, observamos um aumento de conteúdo ilegal e desinformação que se espalha pela UE por meio de determinadas plataformas".
Por isso, pediu que o criador do Facebook permaneça "muito atento".
Breton lembrou que a Lei de Serviços Digitais exige uma ação "oportuna, diligente e objetiva" contra conteúdos ilegais, e a necessidade de uma mitigação "proporcional e medidas eficazes".
"Convido-o urgentemente a garantir que seus sistemas sejam eficazes. Não é preciso dizer que também esperamos que você entre em contato com as autoridades policiais relevantes e com a Europol".
Assim como fez com Musk, Breton deu a Zuckerberg um prazo de 24 horas para informar sobre as medidas adotadas para evitar a circulação de desinformação ou informações manipuladas.
Um porta-voz da Meta respondeu que, após a ofensiva do Hamas, o grupo criou "rapidamente um centro de operações especiais com especialistas, incluindo pessoas fluentes em hebraico e árabe, para monitorar de perto e responder a esta situação de grande volatilidade".
Essas equipes garantem a conformidade com "nossas políticas ou a legislação local" e coordenam com os verificadores de dados para combater a desinformação, afirmou o porta-voz.
(F.Bonnet--LPdF)