Protesto em El Salvador exige fim da violência contra meninas e mulheres
Dezenas de pessoas protestaram, nesta terça-feira (18), pelo fim da violência contra meninas e mulheres, em frente a uma sede militar em El Salvador, depois do estupro de uma menor de idade, um caso que causou comoção e pelo qual estão presos membros do exército.
Com cartazes com mensagens como “Não se estupra, não se mata meninas” e “Exigimos que acabe a violência contra mulheres e meninas”, as ativistas se posicionaram na entrada da sede do Estado-Maior do Exército sob o olhar atento de agentes antimotim da polícia.
Na rua, colocaram sapatos de meninas e mulheres, além de cruzes, como símbolo das vítimas de violência de gênero no país.
As manifestantes leram um comunicado mencionando casos recentes de violência sofrida por garotas, entre eles o da menor de 13 anos supostamente abusada em 23 de setembro em uma praia por um sargento do exército na presença de cinco soldados. Todos eles foram detidos.
Também lembraram que em 10 de outubro foi encontrada assassinada uma criança de 7 anos na comunidade La Campanera, na periferia de San Salvador, caso pelo qual foi preso um homem.
“É tempo de exigir um ‘basta’ à violência contra meninas e mulheres neste país. Não nos sentimos seguras nem com as forças de segurança, porque até parte deles está exercendo violência, isso deve parar”, disse a jornalistas Sara García, uma das participantes do protesto.
De acordo com o Observatório da Infância e Adolescência, entre janeiro de 2020 e setembro de 2023, foram registrados no país “ao menos 28 feminicídios”, além de 5.203 casos de violência sexual em 2022.
(C.Fournier--LPdF)