Brasil fecha 2023 com alívio na inflação, em 4,62%
A inflação no Brasil voltou a cair em dezembro e encerrou o ano passado em 4,62% no período de 12 meses, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os preços ao consumidor subiram 0,56% no último mês de 2023, expansão ligeiramente inferior à do mesmo mês de 2022 (0,62%).
Em novembro, a inflação segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,28%, acumulando 4,68% em 12 meses.
O dado anual fecha dentro da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central do Brasil (BCB) – pouco abaixo do teto esperado de 4,75% -, após dois anos consecutivos de descumprimento da meta.
O mercado, por sua vez, projetava o IPCA de 2023 em 4,47%, segundo último boletim Focus divulgado pelo BCB.
Todos os grupos de produtos e serviços analisados pelo IBGE subiram em dezembro.
O maior impacto da variação foi nos setores alimentação e bebidas (1,11%) e transportes (0,48%).
"O aumento da temperatura e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país influenciaram a produção dos alimentos, principalmente dos in natura, como os tubérculos, hortaliças e frutas, que são mais sensíveis a essas variações climáticas", explicou em nota o gerente do IPCA do IBGE, André Almeida.
O relativo controle da inflação tende a favorecer a continuidade da redução da Selic, objetivo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Banco Central do Brasil (BCB) voltou a cortar a Selic em dezembro em 0,5 ponto percentual, para 11,75%, devido à "trajetória de desinflação" do país.
Foi o quarto corte consecutivo aplicado pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom).
A expectativa do mercado é que ao final deste ano a inflação fique em 3,90%, segundo o boletim Focus do BCB, com a Selic em 9%.
(L.Chastain--LPdF)