Nvidia anuncia criação do microchip de IA 'mais avançado' do mundo
A Nvidia apresentou, nesta segunda-feira (18), seu último microchip destinado a acompanhar a revolução da inteligência artificial (IA), batizado "Blackwell", enquanto busca se consolidar como o principal fornecedor destes componentes essenciais para o mundo da IA.
"Precisamos de GPUs [unidades de processamento gráfico] maiores. [...] Gostaria de apresentar-lhes uma grande, grande GPU", disse o presidente da empresa, Jensen Huang, em uma conferência de desenvolvedores na Califórnia.
As GPUs são chips com uma capacidade de cálculo muito superior à dos microprocessadores clássicos, conhecidos como CPUs.
A gigante tecnológica americana anunciou assim o lançamento de seu processador mais poderoso até o momento, juntamente com um programa em uma plataforma de computação chamada "Blackwell", em homenagem a David Blackwell, o primeiro acadêmico negro a ingressar na Academia Nacional de Ciências.
As GPUs Blackwell se tornarão "superchips" quatro vezes mais rápidos do que os da geração anterior, que foram usados para treinar os modelos de IA existentes, segundo a Nvidia.
O grupo destacou que esses componentes serão 25 vezes mais eficientes em termos energéticos.
"A velocidade com que a computação está avançando é loucura", afirmou Huang durante a conferência.
O evento, apelidado de "Woodstock da IA" pelo analista Dan Ives, da Wedbush, é um dos principais do calendário de novas tecnologias, devido ao papel único da Nvidia na revolução da IA.
Essa posição, na linha de frente dessa evolução, levou a Nvidia ao topo da bolsa, com um ganho de 267% em um ano e 80% desde o início de 2024.
O grupo de Santa Clara vale mais na bolsa do que a Amazon.
Em 23 de fevereiro, ultrapassou os US$ 2 trilhões (R$ 10 trilhões) de capitalização de mercado, uma marca que apenas a Microsoft, a Apple e a petrolífera saudita Aramco superaram.
Ao contrário de seus rivais Intel, Micron e Texas Instruments, a Nvidia, assim como a AMD, não fabrica seus próprios semicondutores, mas os manda produzir por terceiros como a Taiwan Semiconductor Manufacturing.
Os Estados Unidos proíbem a Nvidia de enviar seus chips mais potentes para empresas chinesas.
(A.Renaud--LPdF)