Le Pays De France - Grandes empresas alemãs criam aliança para entrar em campanha contra extrema direita

Paris -
Grandes empresas alemãs criam aliança para entrar em campanha contra extrema direita
Grandes empresas alemãs criam aliança para entrar em campanha contra extrema direita / foto: © AFP/Arquivos

Grandes empresas alemãs criam aliança para entrar em campanha contra extrema direita

Várias empresas alemãs, incluindo algumas das mais importantes do país, anunciaram nesta terça-feira (7) uma "aliança" para uma campanha contra a extrema direita, um mês antes das eleições europeias.

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"Trinta empresas alemãs unidas em uma aliança pela diversidade, abertura e tolerância", afirmam em um artigo, assinado por grupos influentes, como BASF, BMW, Siemens, Deutsche Bank, assim como por empresas menores.

A iniciativa pretende promover uma "campanha" nas redes sociais para que seus "1,7 milhão de funcionários enfatizem a importância da unidade europeia para a prosperidade, o crescimento e o emprego".

"A exclusão, o extremismo e o populismo são ameaças à atratividade da Alemanha e para nossa prosperidade", afirma o texto, que tem o título "We stand for value" (Nós defendemos valores).

A iniciativa, rara no setor econômico alemão, acontece no momento em que as pesquisas apontam que o partido de extrema direita AfD receberá cerca de 15% dos votos nas eleições europeias de junho, o que o deixará em segundo lugar, atrás apenas dos conservadores.

Os números provocam preocupação, em particular depois que o partido se envolveu em vários escândalos nos últimos meses.

No início do ano, a indignação aumentou contra o partido depois da divulgação de que reuniões com integrantes da legenda discutiram um projeto de expulsão em larga escala de pessoas de origem estrangeira.

"O isolacionismo, o extremismo e a xenofobia são um veneno para as exportações da Alemanha e para os empregos", destacou Christian Bruch, CEO da Siemens Energy, que é parte da aliança, no texto.

A Alemanha, que já enfrenta uma escassez considerável de mão de obra, teme que, em caso de avanço da extrema direita, o país, a maior economia da Europa, registre a perda de interesse dos mercados.

(H.Duplantier--LPdF)