Holanda vence África do Sul (2-0) e vai enfrentar Espanha nas quartas de final da Copa feminina
A Holanda derrotou a África do Sul por 2 a 0 neste domingo (6) e avançou para as quartas de final, onde enfrentará a Espanha em um duelo europeu pela Copa do Mundo feminina.
Jill Roord abriu o placar aos 9 minutos e Lineth Beerensteyn fez 2 a 0 no segundo tempo, encerrando a histórica campanha das sul-africanas que haviam chegado pela primeira vez à segunda fase da competição.
A 'Oranje', vice-campeã mundial em 2019 e primeira do grupo nesta edição à frente dos Estados Unidos, superou a atual campeã africana, 54ª do ranking da Fifa, apoiada em sua eficiência ofensiva.
Aos 9 minutos, após uma cobrança de escanteio, a meia Jill Roord fez valer sua altura e abriu o placar com uma cabeçada após um primeiro desvio de cabeça da parisiense Lieke Martens, que mais tarde teria um gol anulado por impedimento (54').
A meio-campista do PSG também deu origem ao segundo gol: ela deu assistência para a atacante Lineth Beerensteyn, que aproveitou um erro da goleira Kaylin Swart (68').
Assim se encerrou a trajetória histórica das sul-africanas no Sydney Football Stadium, com lotação esgotada.
Mas como aconteceu desde o início do Mundial, as jogadoras da técnica Desiree Ellis foram perigosas nos contra-ataques, empurradas pelos 40.230 torcedores.
A nova estrela de seu país, a atacante Thembi Kgatlana, de 27 anos, fez a diferença em cada lance e levou perigo à defesa laranja várias vezes (6', 12', 35', 64' e 90+2'). Uma ameaça permanente com sua velocidade e dribles.
Mas a capitã falhou na conclusão em todas as ocasiões, sobretudo quando perdeu a chance de empatar, pouco antes do intervalo, ao ficar cara a cara com a goleira Daphne Van Domselaar (45+1').
Dez minutos antes, ela havia feito uma bela jogada, após uma pedalada, mas seu chute foi defendido com facilidade (35').
Foi ela quem havia dado a vitória à África do Sul contra a Itália (3-2) nos acréscimos, no último jogo da fase de grupos.
A atacante do Racing Louisville, dos Estados Unidos, deu então ao seu país a primeira vitória de sua história na Copa do Mundo na segunda participação (a primeira foi em 2019) assim como a primeira classificação às oitavas de final de um Mundial, seja feminino, seja masculino.
"Escutem, nós já fomos subestimadas tantas vezes antes", havia alertado a treinadora sul-africana na véspera do jogo. "Acho que este grupo mostrou que nada pode interromper seu caminho".
A eficiência ofensiva das 'Oranje' e a solidez da defesa, que enfrentou dificuldades mas em nenhum momento se abalou, levou a melhor sobre as "Banyana Banyana", que também se destacaram fora dos gramados com suas danças e coreografias.
"Não foi o nosso melhor jogo, mas estou feliz por fazer o meu papel sem sofrer gols", disse a goleira Van Domselaar, que joga no Aston Villa e foi eleita a jogadora da partida. "Não sei se foi o meu melhor (jogo), mas olharei para trás com orgulho".
Depois da partida, o técnico da Holanda, Andries Jonker, se mostrou aliviado. Ele disse que seu time pode vencer qualquer um, mas criticou o desempenho no primeiro tempo.
"Perdemos a bola muitas vezes na primeira etapa e desperdiçamos algumas oportunidades", disse o treinador.
"Daphne nos salvou algumas vezes e fiquei feliz por ir para o intervalo vencendo por 1 a 0. Fomos muito melhores no segundo tempo e tivemos muito mais controle do jogo. Merecemos voltar a marcar e no final merecemos a vitória", concluiu.
As holandesas, que já haviam vencido (5-1) as sul-africanas num amistoso no ano passado, vão enfrentar a Espanha nas quartas de final na próxima sexta-feira, em Wellington.
As espanholas mostraram sua força ao golear a Suíça por 5 a 1 no sábado.
(R.Dupont--LPdF)