Colômbia vai investir R$ 9,5 milhões no futebol feminino após campanha histórica na Copa
O governo colombiano destinará cerca de 1,9 milhão de dólares (cerca de R$ 9,5 milhões pela cotação atual) à liga feminina de futebol em 2024, após o desempenho histórico da seleção do país na Copa do Mundo, anunciaram nesta quarta-feira (16) várias autoridades.
As chamadas "Chicas Superpoderosas" (Meninas Superpoderosas) chegaram às quartas de final na Copa de 2023 na Austrália e na Nova Zelândia, seu melhor desempenho na história.
As colombianas derrotaram a bicampeã mundial Alemanha na fase de grupos e a Jamaica nas oitavas de final, antes de perder por 2 a 1 nas quartas de final para a atual campeã europeia, a Inglaterra.
O presidente Gustavo Petro homenageou as jogadoras nesta quarta-feira na residencial oficial Casa de Nariño e anunciou o que descreveu como um apoio histórico ao futebol feminino: 8 bilhões de pesos (1,9 milhão de dólares) para que em 2024 "haja uma liga profissional de futebol feminino na Colômbia".
O atual campeonato é disputado durante apenas cinco meses por ano na Colômbia devido a uma suposta falta de recursos. As jogadoras são obrigadas a procurar outros empregos para se sustentarem, e por isso reclamam que não podem ser consideradas profissionais.
Petro pediu às atletas que fiquem atentas para que "esse dinheiro não fique guardado nos bancos".
A ministra dos Esportes, Astrid Rodríguez, acrescentou aos meios de comunicação que a pasta irá trabalhar "de mãos dadas com a Federação (Colombiana de Futebol) para melhorar e continuar trabalhando" para que "o futebol feminino alcance muito mais".
Petro condecorou as jogadoras com a Ordem de Boyacá, a mais alta distinção do Estado para civis. Cerca de 3.000 torcedores se reuniram na terça-feira no ginásio multiuso Movistar Arena, no centro de Bogotá, para receber a seleção feminina em seu retorno ao país.
As atacantes Leicy Santos (Atlético de Madrid) e Mayra Ramírez (Levante), além da goleira Catalina Pérez (Werder Bremen), foram muito aplaudidas pelos torcedores na arquibancada.
As participantes, então, exigiram mais apoio para as equipes formadas por mulheres. Onze das 23 convocadas para a Copa do Mundo jogam no campeonato local.
(F.Bonnet--LPdF)