Líder do Proud Boys é condenado a 17 anos de prisão por ataque ao Capitólio nos EUA
Joe Biggs, um líder da milícia Proud Boys, que conclamou uma "guerra" para manter Donald Trump na Presidência dos Estados Unidos, foi condenado a 17 anos de prisão nesta quinta-feira (31), uma das penas mais longas proferidas pelo ataque ao Capitólio, sede do Legislativo dos Estados Unidos, em 2021.
Os promotores disseram que Biggs foi uma figura-chave em uma "conspiração sediciosa" para anular à força a vitória eleitoral de Joe Biden, liderando os apoiadores de Trump no ataque de 6 de janeiro daquele ano ao Congresso dos EUA.
Sua pena foi um ano menor do que a mais longa entre as centenas de condenações ligadas ao ataque: Stewart Rhodes, fundador da Oath Keepers, outra milícia de extrema direita central no cerco do Capitólio, foi sentenciado a 18 anos de prisão.
Ainda assim, a pena foi apenas metade dos 33 anos pedidos pelos promotores. O juiz Timothy Kelly disse que não se tratava de um evento com múltiplas vítimas fatais e que Biggs não tinha a intenção de matar ninguém.
Kelly, porém, afirmou que "há a necessidade de dissuasão". O ataque "quebrou nossa tradição de transferência pacífica de poder, que é uma das coisas mais preciosas que tínhamos como americanos", declarou o juiz.
Antes da sentença, Biggs expressou arrependimento chorando. Ele disse que abandonaria os Proud Boys e se concentraria em sua família. "Sei que errei naquele dia, mas não sou um terrorista", afirmou.
O promotor Jason McCullough disse que o que Biggs e seus companheiros fizeram no Congresso "não é diferente de um grandioso bombardeio de um prédio".
(N.Lambert--LPdF)