Campanha eleitoral começa em El Salvador com Bukele favorito
A campanha para as eleições de 4 de fevereiro, nas quais o presidente Nayib Bukele tentará uma polêmica reeleição, começou, nesta terça-feira (3), em El Salvador.
"Hoje começa oficialmente a campanha eleitoral para os candidatos e candidatas à Presidência e vice-presidência da República, por um período de 4 meses", escreveu a chefe do Tribunal Supremo Eleitoral, Dora Martínez, na rede social X, antigo Twitter.
"Vote no 'N' de Nayib Bukele. Vamos com tudo", publicou o partido governante Nuevas Ideas no X (antigo Twitter), enquanto o presidente do Congresso, o governista Ernesto Castro, escreveu nesta rede que está em andamento a "Operação 2024" e "com fé em Deus e de mãos dadas com o povo salvadorenho, continuaremos a refundação de nosso país".
Sete partidos irão disputar as eleições, nas quais também serão eleitos 60 deputados para o Congresso unicameral. Mais de seis milhões de salvadores estão habilitados a votar.
Em 3 de março, serão realizadas as eleições para 44 conselhos municipais e de 20 deputados para o Parlamento Centro-Americano.
"Eu peço aos salvadorenhos que confiem em mim, que votem em mim para transformar este país e torná-lo mais competitivo", disse a jornalistas o candidato presidencial do partido de esquerda Frente Farabundo Martí (FMLN), Manuel "El Chino" Flores.
Em setembro de 2022, Bukele anunciou sua decisão de tentar a reeleição, depois que a Sala Constitucional da Suprema Corte o habilitou para um segundo mandato, o que desencadeou uma polêmica, pois a Constituição do país não permitia a reeleição.
As pesquisas mostram um amplo apoio ao presidente de 42 anos, que lançou, em março de 2022, uma "guerra" contra as gangues, que lhe rendeu uma aprovação de 90%, apesar de seus métodos serem criticados por organizações de direitos humanos e pela Igreja Católica.
Em 2019, Bukele chegou à Presidência pelo partido de centro-direita Grande Aliança pela Unidade Nacional (Gana), que segue como seu aliado.
Seu companheiro de chapa será novamente o vice-presidente Félix Ulloa.
(A.Renaud--LPdF)