Colômbia recebe seus primeiros 110 repatriados de Israel
Um avião militar da Colômbia pousou nesta sexta-feira (13) em Bogotá com 110 colombianos que estavam em Israel e pediram para voltar ao seu país devido à guerra desencadeada após o ataque do Hamas no último sábado.
"É uma oportunidade de estar novamente em nosso país", disse com alívio María Aparicio, uma das repatriadas, em conversa com a AFP ao chegar à capital colombiana.
Dezenas de estrangeiros foram mortos, feridos ou feitos reféns desde que o grupo islamita palestino Hamas lançou o ataque mais mortal contra Israel desde a sua fundação, há 75 anos.
A guerra deixou pelo menos 1.300 mortos no lado israelense e 1.500 na Faixa de Gaza como resultado da retaliação de Israel, segundo as autoridades.
Antes de retornar a Bogotá, os colombianos viveram momentos de terror, segundo disseram.
"Vendo a situação (em Israel) (...) tínhamos medo de nunca mais ver a família", disse Luis Fajardo ao descer do avião.
"Não há voos comerciais para lá, estávamos à deriva", frisou Aparicio.
A Chancelaria informou na quarta-feira que Ivonne Rubio, uma colombiana de 26 anos, está entre as vítimas fatais. Quando ocorreu o primeiro ataque, ela estava em um festival de música com o namorado, que está desaparecido.
Naquele sábado, dia de descanso para os judeus, membros do Hamas cruzaram a fronteira por via aérea, marítima e terrestre e mataram mais de 1.200 civis e soldados israelenses.
Marcela Munar, que chegou a Bogotá no voo de sexta-feira, participou de uma oração coletiva ao tocar o solo colombiano. Ela disse à imprensa que durante os ataques conseguiu se refugiar no bunker de um hotel.
Havia "pessoas tremendo, chorando, porque sabemos (sabíamos) o que pode acontecer lá fora", disse.
Milhares de estrangeiros estão presos em Israel e nos territórios palestinos. Alguns países latino-americanos, como Argentina, México, Brasil e Chile, já iniciaram operações de repatriamento, enquanto outros anunciaram planos para retirar os seus cidadãos.
No sábado, a Colômbia receberá mais repatriados, segundo a Chancelaria, que não especificou o número.
(Y.Rousseau--LPdF)