Hamas diz ter libertado duas reféns americanas detidas em Gaza
O grupo islamita palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, afirmou, nesta sexta-feira (20), que seu braço armado libertou duas reféns dos Estados Unidos, das quase 200 pessoas que foram sequestradas na ofensiva sem precedentes ao território israelense, lançada pelos milicianos em 7 de outubro.
Um porta-voz do braço militar do Hamas indicou, em comunicado publicado no Telegram, que uma mulher americana e a sua filha foram libertadas "por motivos humanitários, após mediação do Catar".
O movimento, que controla este território palestino desde 2007, não deu detalhes sobre como ou quando as reféns foram libertadas.
O Exército de Israel afirmou, nesta sexta-feira, que a maioria dos sequestrados levados à Faixa de Gaza está viva, e indicou que também há corpos que foram levados ao mesmo local.
Os militares israelenses afirmaram que mais de 20 dos reféns são menores e que entre 10 e 20 têm mais de 60 anos.
Desde o ataque lançado há quase duas semanas pelos milicianos do Hamas contra o território israelense - o pior sofrido por Israel desde sua criação, em 1948 - entre 100 e 200 pessoas, aproximadamente, foram reportadas como desaparecidas, segundo o Exército.
Mais de 1.400 pessoas morreram na ofensiva dos combatentes do Hamas, a maioria civis que foram baleados, queimados vivos ou mutilados no primeiro dia do ataque, segundo as autoridades israelenses.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu "aniquilar" o Hamas após o ataque.
Ao menos 4.137 pessoas morreram em Gaza nos bombardeios incessantes lançados desde então por Israel, incluindo mais de 1.500 crianças, segundo o ministério da Saúde controlado pelo Hamas.
(A.Laurent--LPdF)