Bombardeio russo deixa seis mortos em depósito dos correios na Ucrânia
Pelo menos seis pessoas morreram e 17 ficaram feridas no sábado (21) após mísseis russos atingirem um depósito dos correios na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, informaram autoridades locais.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, compartilhou nas redes sociais um vídeo que mostra um armazém destruído próximo a vários destroços e um contêiner com o logotipo da empresa postal ucraniana Nova Pochta.
Os mortos e feridos no ataque "eram funcionários da empresa que se encontra no interior do terminal de Nova Pochta", informou o governador de Kharkiv, Oleg Sinegubov, acrescentando que alguns dos feridos estão internados.
"As vítimas, com idades entre 19 e 42 anos, ficaram feridas por estilhaços e pela explosão", acrescentou.
O Ministério Público da cidade ucraniana confirmou que 17 pessoas ficaram feridas.
De acordo com o gabinete da procuradoria regional, as forças russas estacionadas na região de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, dispararam mísseis S-300 e dois deles atingiram o depósito.
"A análise dos escombros continua com o objetivo de estabelecer o número exato de feridos e mortos", disse o porta-voz do gabinete, Dmitro Chubenko, à mídia pública Suspilne.
No leste da Ucrânia, o procurador-geral anunciou neste domingo (22) que mais dois bombardeios mataram duas pessoas no distrito de Bakhmut.
Pouco mais ao sul, em Avdiivka, uma cidade industrial disputada pelas tropas russas e ucranianas, as forças de Kiev mantêm suas posições "protegidas", disse Zelensky em sua mensagem diária neste domingo.
Ainda assim, o presidente considerou que a situação naquela região é "difícil" devido aos "numerosos ataques" dos russos. Nas últimas semanas, a cidade foi atacada diversas vezes por Moscou, que quer cercá-la.
O Exército ucraniano informou que destruiu um míssil teleguiado e três drones lançados pelas forças rivais. A Rússia afirmou, por sua vez, que derrubou três mísseis ucranianos lançados contra a península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014.
Há várias semanas a Ucrânia tenta direcionar suas operações para esta área estratégica para Moscou, uma vez que é uma posição que lhe permite abastecer suas tropas no sul da Ucrânia e lançar ataques com mísseis a partir do mar.
(V.Castillon--LPdF)