Três guardas israelenses morrem em ataque contra ponte entre Cisjordânia e Jordânia
Três guardas israelenses morreram neste domingo (8) quando o motorista de um caminhão abriu fogo em uma ponte controlada por Israel que liga a Cisjordânia ocupada e a Jordânia, informou o Exército de Israel.
Uma fonte das forças de segurança jordanianas afirmou que, após o ataque, a passagem, o único acesso ao mundo exterior para os palestinos da Cisjordânia, foi "fechada até novo aviso".
O ataque aconteceu na ponte Allenby, utilizada tanto para viajantes como para mercadorias, entre a Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967, e a Jordânia.
Segundo o Exército israelense, "o terrorista aproximou-se da área da ponte de Allenby procedente da Jordânia em um caminhão, saiu e abriu fogo contra as forças de segurança que operavam na ponte".
"Após os esforços de reanimação, os paramédicos e as equipes de ambulância do MDA (Magen David Adom, o equivalente israelense da Cruz Vermelha) confirmaram as mortes de três homens, na faixa dos 50 anos, que foram atingidos por tiros", informaram os serviços de emergência em um comunicado. .
Os três mortos eram guardas de segurança israelenses, segundo o Exército.
O suposto atirador foi morto, informaram o Exército e a polícia israelenses, sem revelar a identidade.
O Ministério do Interior da Jordânia anunciou "a abertura de uma investigação sobre o tiroteio ocorrido do outro lado da ponte Rei Hussein", também conhecida como ponte Allenby e chamada de Karame pelos palestinos.
"É um dia difícil. Um terrorista desprezível assassinou três dos nossos compatriotas a sangue-frio na ponte Allenby", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Milhares de pessoas passam diariamente pela ponte, que fica em território palestino, mas é controlada por Israel.
Nas últimas semanas, Israel intensificou as operações militares de larga escala na Cisjordânia ocupada.
As incursões israelenses são diárias, apesar do acordo israelense-palestinos de Oslo ter estabelecido, em tese, que o Exército israelense não dever entrar nas áreas autônomas, sob o controle exclusivo das forças de segurança da Autoridade Palestiniana.
A violência entre palestinos de um lado, e o Exército e os colonos israelenses, do outro, aumentou neste território desde 7 de outubro, quando eclodiu a guerra na Faixa de Gaza desencadeada pelo ataque do Hamas contra o sul de Israel.
Segundo o Ministério da Saúde, ao menos 662 palestinos morreram na Cisjordânia desde então, em operações do Exército ou ataques dos colonos.
Ao menos 23 israelenses, incluindo vários soldados e policiais, morreram em ataques palestinos no mesmo período, segundo dados israelenses.
(Y.Rousseau--LPdF)